
Ele chegou ao Brasil ainda jovem, na década de 1950, e em seguida viajou ao Japão, onde viveu por 10 anos treinando e estudando judô. Foi atleta da seleção brasileira de judô pela qual conquistou medalhas de prata e bronze, respectivamente, nos Jogos Pan-Americanos de São Paulo 1963 e Winnipeg 1967 na classe absoluta.
Como professor, Mehdi formou diversos atletas em sua academia e teve atuação destacada como técnico da seleção brasileira de judô nas décadas de 1960 e 1970.
Grandes judocas do Rio, como Flávio Canto e Sebastian Pereira, lamentaram a perda do mestre Mehdi. "Dia de luto no judô e no meu coração. O Sensei Mehdi se foi. O mais técnico de todos que conheci, com quem tive o privilégio de aprender um pouco do tanto que ele carregava do Caminho Suave. 'Flavinho, quando achar que está rápido, está lento; quando achar que está forte, está fraco; e quando achar que sabe tudo ainda não sabe nada. Só assim você cresce'. Sensei, seu legado continuará vivo por muitas gerações. À família e a todos os privilegiados que dividiram o tatame com ele, todo meu carinho nesse momento tão difícil. Sensei, foi uma honra ter você no meu caminho", disse o medalhista de bronze em Atenas 2004, Flavio Canto.
Sebastian Pereira, atleta olímpico em Atlanta 1996 e medalhista de bronze no Mundial de Birmingham 1999, também lamentou a perda. "Sensei Medhi! Sem palavras para descrever a importância de sua liderança e exemplo para tantas pessoas, tantos alunos e para o judô Brasileiro. Que o senhor possa continuar nos guiando aí de cima como sempre fez aqui conosco. Que o senhor possa descansar em paz", escreveu.