
Alyssa entrou com uma ação em agosto em uma corte no estado de Illinois contra o médico. Ela registrou no processo que foi abusada por Nassar em mais de 40 ocasiões entre 2013 e 2015 e quer reparações da federação norte-americana de ginástica (USA Gymnastics) e da Federação Internacional de Ginástica (FIG).
"O pior aconteceu no Campeonato Mundial [na China, em 2014], porque foi uma coisa que durou por um mês" comentou a ex-atleta, hoje estudante na Universidade de Flórida, para em seguida emendar. "Inúmeras vezes fomos deixadas sozinhas na sala com Nassar. Eu acho que isso [o abuso sexual] ocorreu todos os dias quando estive lá porque estávamos cansadas por treinar todos os dias. Eles nos diziam "vocês têm que ir a tratamento todos os dias"."
Em seguida, ainda de acordo com Alyssa, o médico ministrava-lhe "relaxantes musculares" para facilitar o trabalho, mas ela interpreta o fato como um mascaramento para o abuso.
Alyssa revelou que fez denúncia à USA Gymnastic em 2015, mas só foi procurada 30 meses depois pela entidade. Além dela, outras quase 500 ginastas e ex-ginastas - entre elas inúmeras medalhistas em Campeonatos Mundiais e Jogos Olímpicos - movem ações contra a USA Gymnastics e até mesmo o Comitê Olímpico dos EUA (Usoc) por negligência.
O caso de nassar chocou os Estados unidos e revolucionou as regras para a proteção de atletas. Dirigentes da USA Gymmastics, que está sendo dissolvida pela USOC, também foram presos acusados de acobertar os casos.