
Caio perdeu a medalha de ouro no Mundial, na categoria KL3, para o ucraniano Serhii Yemelianov, o mesmo atleta que faturou a medalha de ouro no Rio2016, competição que o brasileiro levou o bronze.
Porém, nessa edição do Mundial, que aconteceu em agosto, a diferença entre os dois atletas caiu consideravelmente, dando a Caio a confiança que ele tanto buscava para conseguir derrotar o rival.
"Eu vou vencê-lo e para isso vou me manter focado e fazendo o que faço de melhor, que é treinar. Serhii é um ótimo atleta, um campeão, mas eu também sou ótimo. Ele tem suas vantagens, mas eu tenho meus objetivos", disse Caio, que foi o primeiro atleta da canoagem paralímpica a ganhar uma medalha em Jogos Olímpicos.
Para Tóquio, três novos eventos serão adicionados - VL2 e VL3 para homens, e VL2 para mulheres. Caio perdeu o título mundial do VL3 para o australiano Curtis McGrath, mas acredita que treinos podem mudar esse resultado para Tóquio.
"O Mundial ficou muito mais competitivo depois do Rio. E agora com essas provas de canoagem va'a de volta, muitos atletas vão retornar para competir", avaliou o brasileiro.
Caio Carvalho precisou amputar a perna esquerda abaixo do joelho aos 25 anos, depois de um acidente de moto. Durante as sessões de fisioterapeuta, um colega lhe contou sobre o projeto de canoagem para pessoas desabilitadas e começou a treinar.
"Hoje eu sou duas vezes campeão mundial, seis vezes medalha de prata e conquistei um bronze nas Olimpíadas do Rio. E todos os meus resultados só aconteceram pela minha força, persistência e coragem para enfrentar os obstáculos diariamente e representar o Brasil da melhor maneira que possível", ressalta.
Em Tóquio, Caio competirá na canoa e nas provas de canoa va'a, e a expectativa já está grande. "Quero ganhar ouro nas duas categorias, estou investindo para ser campeão paralímpico. É o meu sonho e vou fazer o que for possível para conquistá-lo", completa.